sábado, 26 de outubro de 2013

Noctívago

Noctívago

Constantemente sozinho me encontro
E isso não me assusta como pensei
Gosto da sensação de silencio por dentro
O som dos pensamentos dos dias que guardei.

Abro as janelas do meu quarto
Deixo o vento da madrugada entrar
Posso ver a lua me olhar lá do alto
Visto-me de luto, sou folha seca pelo ar.

Não sou mais como era antes
Tenho cicatrizes no peito e segredos
Carrego a dor de amores inconstantes
Que fizeram de mim esse velho cheio de medos.

Abraço a noite como uma amiga de outrora
Deito em seus braços frios e melancólicos
Acordo molhado do lado de fora
De mais um anoitecer caótico.

Pedro Silva

Amar sofrendo

Amar sofrendo

Parei em frente ao espelho ontem
Assisti a vida passar diante de mim
Enquanto lágrimas corriam comecei a sorrir
Eu escondi de você o que os olhos não mentem.

Sinto muito não está pronto
Mesmo quando você estava disposto à mim guiar
Mas eu queria com todas as forças ir ao seu encontro
Mas era, sou tão fraco - escolhi não voar.

Fui um tolo,eu sei,sinto se te torturei
Achava que um dia quando dissesse que te amava
Você me olharia nos olhos e sorriria como sempre fez
A um custo alto descobri que amor não é só uma palavra...

Às vezes a criança precisa de apoio para andar
Talvez contigo ao meu lado eu possa crescer
-É tarde, dói mais em mim, mas não posso voltar!
-Lembra?Foram quatro anos lutando por você...

Pedro silva

Peço ao céu você pra mim

Peço ao céu você pra mim

Não posso mentir que nada sinto
Que estou bem, forte e firme
Já não sei fingir que olho o infinito
Sou covarde para continuar nesse caminho íngreme.

Sei que te perdi a cada manha fria
E mesmo você tão longe assim
Estou de pé mais um dia
Quero você de volta aqui.

Peço ao céu toda noite algo em segredo
É uma prece silenciosa e vã, eu sei
Mas nada muda tudo dura e adormeço
Só eu sei o estrago que isso fez.

Preciso do teu jeito infantil
Inseguro como o amor que você me deu
Confesso que estou por um fio
Imploro volta a ser meu!

Pedro Silva

De volta à vida

De volta à vida

Mergulhe dentro de mim outra vez
Respire o sopro da perdição esquecido
Crave a dor antiga que você um dia fez
Sele minha alma num beijo proibido.

Abra a cova profunda dos meus dias
Seja minha parte perdida
Rasgue cada pedaço da pele minha
Rompa a noite com minha chama maldita.

Não se aproxime como antes
Pare de tentar me fazer voltar
Afaste de mim essa coisa pulsante
Sempre foi um erro isso de amar. 

Meu esconderijo foi posto à baixo
Curvo-me a essa alma fria e caída
No fim era uma parte de mim eu acho
Que eu trago de volta a vida!

Pedro Silva

Que chegue ao fim

Que chegue ao fim

Que dentro de mim tudo pare de gritar
Já não agüento os ecos sem sentido
Doem os sussurros que não param de torturar
Que a noite não traga o que tenho vivido.

Quero só uma vez senti-me bem
Fechar os olhos e por a cabeça leve no travesseiro
Adormecer e ter sonhos brancos também
E não mergulhar a pena no tinteiro.

Espero que tudo se rompa
Cada fino traço se apague
Minha mente entre em coma
E o pensamento no infinito vague.

Coloco as espadas no chão
Estou cansado desta coisa vã
Cheio de lágrimas meus olhos estão
Adormeço para poder ver o amanhã.

Pedro Silva

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Dançando com as sombras

Dançando com as sombras
 


Caminhando na escuridão da noite soturna
Uma moça vestida de negro e sangue
Ela era o breu,a cova a Luna
De pele pálida sensual e langue.

Seus passos eram leveza mórbida
Errante amente solitária
Lagrimas rubras banhavam suas orbitas
E ela parecia flutuar como uma Deusa mortuária.

Seu vestido farfalhava ao vento
Ecoava ao longe a melodia das almas perdidas
Eu bebia da sua beleza a todo momento
Ela era fria como o sopro da vida.

Seus lábios vermelhos eram chamas ardentes
Ela para,olha em volta e o encontra
Nada vejo tudo sinto e de repente
A mulher vira noite dançando nas sombras.

Pedro silva

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Auto-retrato



Auto-retrato
  

Os dias vão seguindo como antes
Folhas de outono na calçada
Porta-retratos vazios na estante
E em cada canto da casa luzes apagadas.

Fantasmas de sentimentos no peito
As janelas da alma violadas
Uma figura disforme no leito
Coberta de teias de aranha e promessas abandonadas.

A torneira chora a lágrima que não tem mais
Paredes cheias de cicatrizes profundas
No relógio às horas congelaram lá trás
Mas há algo que nunca muda.

Um coração aos pedaços esperando uma vida
Um sofá cheio de buracos e lembranças
Cadeiras, mesas e esperanças caídas
Reformar o que não tem conserto um dia cansa.

Pedro Silva

Apaixonado

Apaixonado
  
 Pergunto-me como ficamos assim
E isso me deixa tão triste
Essa sua indiferença dói em mim
E te amar ainda meu coração insiste.

Eu disse que não ia me importa
Mas com o passar dos anos
Você consegue me magoar
E não consigo te querer menos.

Toda vez que te vejo, tremo
Sim, eu amo você!
Chegamos ao nosso extremo
Eu me vejo te perder.

Quero gritar na sua cara
Temos um passado inacabado
É por ti que meu peito dispara
Esse tolo apaixonado.

Pedro Silva





Dois guizos

Dois guizos

Sabe quando fico ao teu lado
Parece que o tempo não existe
Eu fico a te olhar calado
E tu finges que não viste.

Em ti vejo o céu que desenhei
Meu pedaço do paraíso secreto
E nele estive quando te beijei
E só posso senti-lo com você por perto.

Teus lábios me tocam e eu vôo
Perco-me na orbita do seu corpo
E o meu parece ficar solto
Pelas nuvens eu corro.

Eu disse que você era meu céu
Meu luar é o teu riso
As estrelas formam teu nome,Daniel
E seus enormes olhos são Dois guizos.


Pedro Silva

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Coisas para esquecer

Coisas para esquecer
 

Era noite escura e chovia
Ao longe gritos, ecos e silêncio
Mistura de sentimentos em mim havia
Enquanto sozinho me consumia no meu incêndio.

Sua boca na minha
E ele dizia: Calma minha criança
Eu fechava os olhos e via estrelas onde não tinha
Enquanto ele me guiava naquela sua dança.

Parei de respirar, estava tão confuso
Senti gota de sangue pelo corpo
Era estranho-eu era o intruso
Uma peça nova no seu jogo.

Ele estava em cima de mim
Sorrindo e beijando meu rosto
Lágrimas desciam, ele pensou que eu estava feliz
E falou: É doce o seu gosto...

Pedro Silva

A força de um anjo

A força de um anjo


Repouse sua cabeça num meu ombro
Deixe os sonhos te levarem para portos distantes
Não tema a noite e seus assombros
Você está a salvo nos meus braços neste instante.

Não chore por coisas complicadas
Estou aqui e vamos ficar bem
Mesmo que os medos subam as escadas
Você pode derrubá-los também.

Esse tempo todo fostes tão forte
Sei que foi difícil carregar isto
E você tentou abraçar a morte
Pois nada fazia sentido.

Oh criança de olhos brilhantes
Você teve que crescer tanto
Mas hoje é hora de tocar o horizonte
Vai e voa pelo seu céu meu anjo.


Pedro Silva

terça-feira, 9 de abril de 2013

Tornei-me gelo


Tornei-me gelo
 

Cheguei finalmente o extremo da minha decadência
Matei a mim mesmo de vez
Tudo aquilo que eu tinha perdeu a essência
Acreditar em tudo nem diferença fez.

Sem mais sentimentos pra oferecer
Está tudo por ai quebrado ou jogado
Talvez em lábios rachados ou olhos que não podem ver
O homem apaixonado foi velado e enterrado.

Mais uma voz silenciada
A estrela mais gasta que dissertou
O tempo para acreditar não é nada
E no fim tudo que sobra é dor.

Que cantem canções fúnebres no meu leito
Para que lembrem as coisas que fiz
Mesmo que seja a melodia dos tolos e rotos
Pois nem eu mesmo irei chorar por mim...

Pedro Silva

Mistérios


Mistérios

Escuto a noite rugir
Em seu silencio profundo e secreto
Vozes de vento levadas por ai
Debaixo de um céu negro sem estrelas e deserto.

Passos solitários em ruas amarguradas
Sons de lamentos e risos forçados
Almas de feridas abertas ou costuradas
Velhos dormindo em calçadas, abandonados.

E os sonhos se tornam frios
Um choro de criança num peito adulto
As corujas espreitam cada lágrima do rio
Esquecer o que sinto dói e dói muito.

Calada a morte caminha
Bate em portas e vira esquinas
Carrega a vil vida que era minha
Tira seu véu de mistérios e vejo que era sina.

Pedro Silva

domingo, 31 de março de 2013

Sinto-me só


Sinto-me só


Quando fecho meus olhos é você que vejo
E a saudade machuca mais e mais
Rendi-me a ti e fiquei de joelhos
Escolhi esse amor sem olhar pra trás.

Mas era um amor vazio
Imaturo dito da boca pra fora
Palavras que não aqueciam no frio
Um sentimento adolescente que foi embora...

Apenas eu sai ferido nessa historia
O tolo que abriu o peito
Aquele que já tinha dor gravada na memória
E tudo foi dito e feito.

Mais uma vez sozinho e perdido
Sangrando por promessas quebradas
Sob um céu sem estrelas luzindo
Por acreditar no seu amor de palavras.

Pedro Silva

Meu céu


Meu céu

Teus olhos são enormes estrelas
Dois guizos que me fazem bem
Olho pro alto pra senti-las
Pois quero tocar (-te) também.

Deixa-me mostrar o quanto te sinto em mim
Cada pensamento que pelo vento vai
São meus sussurros pra ter você aqui
E te entregar todo amor que no meu peito jaz.

Teu sorriso é meu sol pela manhã
A voz que me acorda tão suave
O mais meigo e singelo afã
Como um beijo assim dado de leve.

Meu anjo não sabes o quanto te quero
O teu nome adoça minha vida como mel
Vê-te o mais breve espero
Você se tornou o meu céu...

Pedro silva

domingo, 24 de março de 2013

Não te ver


Não te ver

Grito feito um louco teu nome
E sonho com as linhas do seu rosto
Mas do nada acordo e tudo some
Estou sentado na cama como um tolo.

Machuca essa vontade de você
É tão intenso que esqueço de respirar
Tu és a parte que completa meu ser
O amor que tanto procurei para amar.

Às vezes quero largar tudo
Sair correndo a ti procurar sem destino
Não me importo de olhar cada canto do mundo
Vou compor canções, poemas e hinos.

É difícil controlar meu anseio
Esse desejo louco de ti ter
Você é o inteiro do meu meio
Sou incompleto se não te ver...

Pedro silva

O mesmo caminho


O mesmo caminho

Meus pés conhecem essa estrada
Há partes de noites inacabadas aqui
Lágrimas caídas na terra já molhada
Onde vi estrelas tristes cair.

Havia folhas no chão
Tão secas que sangravam nas bordas
Lembro do vento frio e sua cruel canção
E das sombras tão perto dançando em roda.

Pergunto-me se foi real
Ou será vislumbre de vidas passadas
Acho difícil, pois ainda sinto o gosto do fel
Nas gotas da chuva que bebi na calçada.

Tenho medo não minto
Sei que os passos são outros, mas sempre há espinhos
Embora seja mais forte o que no peito sinto
Posso acabar no mesmo caminho...

...Eu, eu mesmo, triste e sozinho!

Pedro Silva

quinta-feira, 7 de março de 2013

Quero tocar o horizonte

Quero tocar o horizonte
 

Às vezes sinto vontade de fugir
Sair andando de olhos fechados e sem rumo
Sentindo a brisa no rosto me despir
E eu tal quão uma sombra na noite escura sumo.

Sem pensar em voltar pra casa
Imaginar que sou livre e leve
De repente subir num bater de asas
Ilusão de liberdade que para muitos serve.

Quando já não dá mais pra respirar sem doer
Queria poder me lançar ao mar
Ser a maré que embala e faz chover
Para congelar lá no vasto céu o brilho do luar.

Mas tenho medo de encontrar o fim
Lágrimas geladas no topo do monte
Levanto vôo e meu coração sussurra um sim
Estou caindo para tocar o horizonte...

Pedro silva

Restos de Saudade


Resto de Saudade

Sozinho aqui comigo mesmo
Vendo lembranças dançando sobre a mesa
Cada parte se quebrando e se quebrando e se tornando inteiro
Vejo meu rosto arder na vela acessa.

Lágrimas rolam do peito
Não sei se é saudade, mas sufoca
E dói mais cada vez que me deito
Algo selvagem e dócio se choca...

Um turbilhão de pensamentos ganha forma
E se tem corpo sente dor e chora
Já não consigo entender a razão ou a norma
Pois machuca às vezes e a toda hora.                   

Levanto e vou recolhendo o que posso
Deixo momentos perdidos nas cinzas
Mas a dor já grudou nos ossos
No quarto uma voz fria dá boas vindas!

Pedro Silva

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Ainda choro por ti


Ainda choro por ti

Muitos dias se passaram eu acho
E pensei que estava livre de ti
Esse sentimento que alimentei sempre foi falho
Porque ardia apenas dentro de mim.

O tempo nada fez além de ferir
Deixou lacunas que nunca pude esconder
Pois eu nunca estive pronto pra te deixar partir
E hoje só queria uma forma de te dizer:

Ainda espero você bater a porta 
Sorrir como vi por uma tela em noites sem fim
E me ver te olhar e fingir que não notas
E ficar sem silencio com sei jeitinho manhoso assim.

Dói lembrar momentos inacabados
O que eu fiz eu sei que foi melhor pra mim
Mas tem dias que queria está ao seu lado
Embora o tempo tenha passado, ainda choro por ti...

Pedro Silva

A lágrima mais quente


A lágrima mais quente

Eu esperei, e sabia
Estava tentando retardar
Manipular ou pular os dias
Tentei não respirar o ar.

A voz que eu ouvia
Lá no fundo da minha mente
Onde tinha sol e chovia
Algo vivo e inconsciente.

De repente
Não mais que o esperado
Tão simplesmente
Do meu pesadelo inacabado.

Uma mentira
O que sempre fora
Do amor à ira
Nessa ultima lágrima, tu, se fora.

By:Edilson

Nascido para a morte


Nascido para a morte

Por toda minha fúnebre vida procurei respostas
Embora cansado e gasto segui em frente
Mas sempre caminhei por linhas opostas
Roto pagão, eu filho descrente.

Vivi pelo avesso meus lamuriosos dias
Apenas vivia, mas nunca fiz parte do que sentia
De tanto me esconder acostumei-me a ser a ovelha perdida
Porque sempre busquei o que era contrario a vida.

Violei meu corpo e puni a mim mesmo
A dor era uma companheira amiga e sublime
Fiz dos meus medos minha luz no ermo
E em tempestades escuras permaneci firme.

O estranho é que sempre soube aonde isso ia me levar
Eu sabia que estava condenado, zombei da sorte
Então caminhei para onde seria o meu lar
E em minha lápide deixei escrito: Nascido para a morte...!

Pedro Silva

Enterrado de madrugada


Enterrado de madrugada

Sou sombra oculta
Alma rastejante bêbada
A mais triste das putas 
Vestida de luar e seda.

Meus pés sangram de tanto caminhar
Percorro vales e densas florestas
Faço das solitárias sepulturas meu lar
E deito em covas abertas.

Os condenados se erguem aos montes
Vozes de vento num sussurro e lamento
É o mesmo grito minha súplica d' antes
Olham-me de cima e cantam: Chegou o momento...

Saboreio a terra negra que pisei
Folhas secas me adornam a pele
E do alto o rosto Daquela que tanto esperei
Oh morte, suplico que em teus braços me leve.

Pedro Silva

Sombras do que (não) sou


Sombras do que (não) sou

Não tenho morada certa
Sou filho da noite e escureço
Pelo vento me lanço como uma porta aberta
E nas estrelas distantes adormeço.

Não sei do que sou feito
Orvalho murcho adormecido
Gotejando nas areias do tempo desfeito
Por vezes deito em túmulos apodrecidos.

Respiro a poluição do meu peito
Ou mesmo o inebriante perfume das velas
Faço da lua um amuleto
Rezo em pé no alto das janelas...

Sou sombra vazia e nada sinto
Roto, carregado de infinito
Essa negação já não faz sentido, pois minto
Não acredite nisso tudo que foi dito...

Pedro silva

Cada vez que eu te vejo


Cada vez que eu te vejo

Quero te contar um segredo
Sei que não devo
Mas eu tenho tanto medo
Estou começando a acreditar no que escrevo.

Sempre quero te confessar algo
Sabe quando fico a te olhar parado
Penso: Será que ele sabe o que no peito trago?
Tenho tanto medo por isso fico calado.

Mas meus olhos me traem
Queremos mais um pouco de você
Finjo que deles lágrimas não caem
Talvez saibamos que vamos te perder.

Hoje meu dia está nublado
Eu tento fazer dá certo
Vou aguentando tudo, mesmo cansado
Calo-me para te ter assim por perto...

Pedro Silva

Preso em você


Preso em você

Queria saber o que você fez comigo
Sinto sua falta mais do que é possível
Mesmo quando finjo que não ligo
Enquanto pra você sou invisível.

Se eu corro esbarro em ti
Viro e vejo a gente lá trás
Assisto minha vida presa, ruir
Sei que vamos continuar um pouco mais...

Quando chega a noite não consigo dormir
E quando enfim fecho os olhos
Tenho pesadelos sem fim
Acordo sento na cama e choro.

Estou pelo avesso
Do outro lado do entardecer
Nos meus olhos esse fogo acesso
Que me prende a você.

Pedro silva

Aprendi a ser poeta


Aprendi a ser poeta

Eu sei mudar as estações
Fazer ficar frio ou quente
Pintar nos olhos alheios emoções
Penetra-te assim de repente.

Choro sem nos olhos ter lágrimas
Ponho um riso falso na cara
Faço-te louco e perder a calma
Mostro-te um amor e teu coração dispara.

Descobri a magia das palavras
Mudo-as de lugar e dou formas
E elas tão fundo no teu peito crava
E tu acreditas que é teu carma.

Dou-te segredos, um mundo de dor
E assisto tuas noites de porta aberta
A procura de alguém pra chamar de amor
E aprender a ser poeta.

Pedro Silva