domingo, 24 de março de 2013

O mesmo caminho


O mesmo caminho

Meus pés conhecem essa estrada
Há partes de noites inacabadas aqui
Lágrimas caídas na terra já molhada
Onde vi estrelas tristes cair.

Havia folhas no chão
Tão secas que sangravam nas bordas
Lembro do vento frio e sua cruel canção
E das sombras tão perto dançando em roda.

Pergunto-me se foi real
Ou será vislumbre de vidas passadas
Acho difícil, pois ainda sinto o gosto do fel
Nas gotas da chuva que bebi na calçada.

Tenho medo não minto
Sei que os passos são outros, mas sempre há espinhos
Embora seja mais forte o que no peito sinto
Posso acabar no mesmo caminho...

...Eu, eu mesmo, triste e sozinho!

Pedro Silva

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