terça-feira, 9 de abril de 2013

Tornei-me gelo


Tornei-me gelo
 

Cheguei finalmente o extremo da minha decadência
Matei a mim mesmo de vez
Tudo aquilo que eu tinha perdeu a essência
Acreditar em tudo nem diferença fez.

Sem mais sentimentos pra oferecer
Está tudo por ai quebrado ou jogado
Talvez em lábios rachados ou olhos que não podem ver
O homem apaixonado foi velado e enterrado.

Mais uma voz silenciada
A estrela mais gasta que dissertou
O tempo para acreditar não é nada
E no fim tudo que sobra é dor.

Que cantem canções fúnebres no meu leito
Para que lembrem as coisas que fiz
Mesmo que seja a melodia dos tolos e rotos
Pois nem eu mesmo irei chorar por mim...

Pedro Silva

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