Noctívago
Constantemente sozinho me encontro
E isso não me assusta como pensei
Gosto da sensação de silencio por dentro
O som dos pensamentos dos dias que guardei.
Abro as janelas do meu quarto
Deixo o vento da madrugada entrar
Posso ver a lua me olhar lá do alto
Visto-me de luto, sou folha seca pelo ar.
Não sou mais como era antes
Tenho cicatrizes no peito e segredos
Carrego a dor de amores inconstantes
Que fizeram de mim esse velho cheio de medos.
Abraço a noite como uma amiga de outrora
Deito em seus braços frios e melancólicos
Acordo molhado do lado de fora
De mais um anoitecer caótico.
Pedro Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário