quinta-feira, 7 de março de 2013

Restos de Saudade


Resto de Saudade

Sozinho aqui comigo mesmo
Vendo lembranças dançando sobre a mesa
Cada parte se quebrando e se quebrando e se tornando inteiro
Vejo meu rosto arder na vela acessa.

Lágrimas rolam do peito
Não sei se é saudade, mas sufoca
E dói mais cada vez que me deito
Algo selvagem e dócio se choca...

Um turbilhão de pensamentos ganha forma
E se tem corpo sente dor e chora
Já não consigo entender a razão ou a norma
Pois machuca às vezes e a toda hora.                   

Levanto e vou recolhendo o que posso
Deixo momentos perdidos nas cinzas
Mas a dor já grudou nos ossos
No quarto uma voz fria dá boas vindas!

Pedro Silva

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