sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Enterrado de madrugada
Enterrado de madrugada
Sou sombra oculta
Alma rastejante bêbada
A mais triste das putas
Vestida de luar e seda.
Meus pés sangram de tanto caminhar
Percorro vales e densas florestas
Faço das solitárias sepulturas meu lar
E deito em covas abertas.
Os condenados se erguem aos montes
Vozes de vento num sussurro e lamento
É o mesmo grito minha súplica d' antes
Olham-me de cima e cantam: Chegou o momento...
Saboreio a terra negra que pisei
Folhas secas me adornam a pele
E do alto o rosto Daquela que tanto esperei
Oh morte, suplico que em teus braços me leve.
Pedro Silva
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