sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Morbidez


Morbidez

Sonho com covas sombrias
Sentindo o vento rugir
No céu a lua pálida e fria
E vejo a morte da escuridão surgir.

Deixo-a me envolver
Posso sentir sua pele gélida nos meus dedos
De repente uma necessidade de morrer
Toco seus lábios sem medo.

Levanto meus pulsos
Com um desejo mórbido no rosto
Ela entende meu impulso
E me sorrir - um riso morto.

Vejo meu sangue rubro
Escorrer por sua foice
Os mistérios da noite vejo e descubro
E rezo para que real este sonho fosse.

By:Edilson

Simples palavras


Simples palavras

Há tanto na minha mente
Tanto de você nas minhas entranhas
Guardado nas lembranças da gente
Uma vida passada, distante e estranha.

Ainda posso sentir seus toques
Muito disso já perdi
Mas ainda sinto aqueles mesmos choques
Que sempre foram mais do que pedi.

Relembro as noites únicas
Os momentos de amor e prazer
E eu desejava que o fim fosse nunca
Para poder ter um pouco mais de você.

Sinto tanta falta daquilo que tínhamos
Hoje são apenas espinhos que trago
Apenas sombras construímos
Teus lábios deixaram esse gosto amargo.

By:Edilson

Angústia


Angústia

Isso que trago no peito
Algo que corrói aos poucos
Deixa meus olhos de luto
Fora das órbitas, vazio e fosco.

Sinto-me frio e oco
Afundando em um infinito poço
A  escuridão me fere como um soco
E sei que é apenas o começo.

Posso sentir a falta de vida
O desenho das lápides
Uma tristeza,no peito infinda
Um misto de dor e saudade.

Assisto noites sem fim
Tento domar minha fúria
Mas isso esta correndo dentro de mim
Estou afogado na angústia.

By:Edilson

sábado, 24 de dezembro de 2011

Explosão


Explosão

Um arfar
Toques extremos
Dois corpos - um luar
Em seus lábios queimo.

Mordo, enquanto teu grito ouço
Teu sangue escorre vibrante
Pelo seu pescoço
Arrancando-me um suspiro delirante.

Nossa pele suada
Molhando os lençóis da cama
Mordo sua carne molhada
Sua boca meu corpo clama.

Nessa dança cadenciada
Seguimos embalados nesse ato mordaz
Ah, sensação louca e ritmada
Nosso desejo gritante e voraz.

By:Edilson

Meus pensamentos


Meus pensamentos

Parece que nunca esqueço
Lá no fundo te deixei guardado
Mas de tempo em tempos em ti mexo
E abro o que deixei lacrado.

Sei que é tudo tão inevitável
Como se eu pudesse me desligar
Sou tão instável
Que é difícil me acostumar.

Penso e repenso
Em teu rosto-Aquele olhar misterioso
Não devia perder o senso
Pois sei que ti trancar "é osso"!

Como posso fugir das lembranças
Apagar meus sonhos- Na verdade desejos
Se em meu coração deixaste manchas
Feitas com teus beijos.

By:Edilson

Corpos


Corpos

Molhados e quentes
Ah, sensuais
Rubros, ardentes
Oh, prazer carnais.

Braços duros
Peitos macios, perfeitos
A barriga forte como um muro
Rosto meigo sem defeito.

Corpos suados
Cheiroso
Corpos bronzeados
Majestoso.

Toque com toque
Respiração quase sem fôlego
Um tremor e um choque
Consumidos pelo fogo.

By:Edilson

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Alguém como você


Alguém como você

Ah, velho amigo
Tudo mudou, está diferente
Minto quando digo: "Não ligo"
Mas temos que ir em frente.

Espero o melhor
Dos dias que estão por vir
Há dor em cada gota de suor
Lembra: "Foi melhor assim!"

Nada se compara
A cada erro e acerto
Por que o coração dispara?
Fecho os olhos e tudo foi feito.

Vivemos os minutos de gloria
E é algo que não quero esquecer
Sabe, quando está gravado na memória
Não haverá,jamais,alguém como você.

By:Edilson

Que eu fique bem


Que eu fique bem

Deito na minha cama
Canto a canção que me conforta
Mesmo que eu tenha perdido a chama
Não espero mais à porta.

Que o riso seja minha arma
E minha casa me acolha
Que eu saiba lidar com meu carma
Os resultados da minha escolha.

Sozinho e cansado
Na vida que deixei pra trás
Que eu possa carregar o fardo
Uma vez mais...

Que eu fique bem sem ti
Mesmo se chorar feito neném
Que eu volte a sorrir
Rezo pra que tudo acabe bem!

By:Edilson

Ainda lembro


Ainda lembro

Tempos sombrios ganham forma
Meio imperfeito e confuso
Tudo muda e transforma
Ao avesso, louco e indeciso.

Tempos de escola se foram
Perdidos em livros fechados
Não sei mais onde eles moram
Na cabeça amanheceres borrado.

Lágrimas e sorrisos
Palavras, o calor de um abraço
Separados sem aviso
Cortado enquanto um amarava o laço.

Ainda está em mim vivo
Sinto em cada parte do meu ser
Nossa mais forte lembrança cativo
Guardo tudo que me faz lembrar você.

By:Edilson

Pela metade


Pela metade

Sei que falta algo
É em vão a procura
De ti não me largo
Enquanto a noite perdura.

Às vezes esqueço por breves momentos
A alegria me toma
E tu sais do meu pensamento
Mas meu coração nada doma.

Não devia me deixar afetar
Por tua presença na ausência
Devia me calar
Seguir na decadência.

Quando te vejo de repente
Parece que volto ao passado
Algo que me domina, inconsciente
Ao  vê-lo ao teu lado.

By:Edilson

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A noite mais triste


A noite mais triste


Lembro-me daquela noite
Sempre em meus pesadelos
A noite que tu foste
E meu coração se revestiu de gelo.

Um buraco se abriu no meu interior
Desmoronei, gritei e chorei
Parecia que estavam perfurando-me, era tanta dor
Foi horrível, tudo se partindo, e sangrei.

Nessa noite queria gritar, sair correndo, desvairado
Nada fazia sentido, estava perdido
Algo estava engolindo-me, aos pedaços e rasgado
Não tinha fim, fiquei no chão corroído.

Era frio, algo dilacerante
Doía lá no fundo
Hoje não sou como era antes
Voltei-me para dentro de mim com toda a dor do mundo.

By:Edilson

Nada é como era antes


Nada é como era antes

O olhar mudou
Teu jeito não é aquele que eu lembrava
O que tínhamos o vento levou
Não sei mais quem é o anjo que eu amava.

Agora estou vazio
Já não quero pensar nisso
Estou preso por um fio
Nem sei mais do que preciso.

Doem aquelas palavras cruéis
Lembrá-las machuca
Ainda estão em mim para lembrar-me como eis
Acho que não terei paz nunca.

Aprendi do jeito mais penoso
Pensei que podia ser diferente
No fim, estou eu no fosso
Pensei que meu amor fosse suficiente.

By:Edilson

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Meu fim


Meu fim

Aquilo que havia em mim morreu
Sem brilho ou alegria
Foi-se o que era meu
Não há mais minha fantasia.

Selei-me em silencio
Fechei os olhos e deixei fluir
Apertei o cilício
E deixei a dor vir.

Um grito de tortura
Afundou-se em meu peito
Agora não tem mais cura
É gélido onde me deito.

Não chorais por mim
Sempre vós amei
Tinha que ter um fim
Digam a ele que acreditei.

By:Edilson

Fracassei

Fracassei


Pensei no que escrever
Sei o que sinto
Mas não consigo
Mesmo com um grito.

Deu tudo errado
Na verdade eu já sabia
Não consigo chorar calado
Congelado por lágrimas frias.

Agora tenho que suportar meus dias
Tristes, longos e duros
Fiz tudo o que podia
Mesmo assim acabei só no escuro.

De volta ao meu lugar de origem
Vazio e oco
Sempre e sempre à margem
Torto e fosco.

By:Edilson

sábado, 3 de dezembro de 2011

Em mim


Em mim

Tentei fugir
Pensei que daria certo
E as lágrimas não precisariam cair
Mas não fui tão esperto.

Está dentro
Pulsa,bate,corre
Mesmo que eu procure não encontro
Mesmo que eu corte e jorre.

Não tenho forças pra mim libertar
Estou preso nisso,acorrentado e cego
Sempre impelido a continuar
Minto e nego.

Tenho tanto medo
Mas aceito
Guardo em segredo
A dor no meu peito.

By:Edilson

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Marcas


Marcas

A porta ainda está aberta
O silencio sentado no sofá
Um olhar vívido e alerta
Pra lá e pra cá.

É difícil aceitar
Um fim no começo
Não há explicações a dá
Mas será que mereço?

Tudo ainda tem seu cheiro
Cada toque e som
Seja uma foto na estante, ou uma roupa no banheiro
Até mesmo sua voz sem tom.

Meu peito grita
O sangue escorre da faca
Por mais que eu minta
Sua partida deixou marcas...

By:Edilson

Dúvidas


Dúvidas

Estou confuso
Cheio de perguntas
Lerdo e obtuso
Cansado de tanta luta.

As coisas saíram fora de  controle
Ficaram na metade
Sem exagerar na hipérbole
Não passou de vontade

Ainda estou assombrado
Sem saber ao certo
Quem está ao meu lado
Preso ou liberto?

Achei que era sólido
Mas não posso deixar de ter dúvida
Acreditei no modo
Como me deu aquele beijo de Judas.

by:Edilson

domingo, 20 de novembro de 2011

Sacrifício


Sacrifício

Mais uma vez
Talvez por medo
Relutar me fez
E acordar cedo.

O que você faria?
Estou cansado
Na cabeça um monte de porcaria
Com a morte do lado.

Era o que você queria
Aqui estou
Preso em casa, isso ria!
Fingindo o que não sou.

Enquanto você dorme
Uma lágrima está presa no meu cílio
Há uma dor enorme
Por trás do meu sacrifício.

By:Edilson

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A lágrima mais quente

A lágrima mais quente

Eu esperei, e sabia
Estava tentando retardar
Manipular ou pular os dias
Tentei não respirar o ar.

A voz que eu ouvia
Lá no fundo da minha mente
Onde tinha sol e chovia
Algo vivo e inconsciente.

De repente
Não mais que o esperado
Tão simplesmente
Do meu pesadelo inacabado.

Uma mentira
O que sempre fora
Do amor à ira
Nessa ultima lágrima, tu, se fora.

By:Edilson

Felicidade falsa


Felicidade falsa

Assusta
Retraio-me com meu riso
Uma alegria de puta
Refletida no piso.

Sou a mais cruel das criaturas
Aquele que é provado
O violador da sagrada sepultura
Anjo meigo e malvado.

Afasta teu cálice
Não quero mais tua graça
Ter o paraíso e depois apanhar na face
Não importa o que eu faça.

Cansei desse jogo
Dá-me o gosto da brasa
Lança-me ao fogo
E fica com tua felicidade falsa.

By:Edilson

Nossa história


Nossa história

Eu descobri que eu queria entrar no teu mundo à força
Quando antes você precisava abrir a porta
Eu descobri que eu queria chorar por você com suas lágrimas.

Eu pensava que entendia sua dor
Porque acreditava que era minha
Fiz da minha força uma ponte para teus pés gastos e cheios de calo.

Ri teu riso falso
Pois a felicidade que tinhas era tão verdadeira
Que me fazia cantar com tua voz rouca.

Dei passos longos no horizonte tão longe
E percebi que eu queria voar com asas que você nunca colou nas costas.
Eu saltei do ponto mais alto
Acreditando que se eu tocasse as nuvens podia ter o teu pedaço do paraíso.

Desculpa, mas acreditei que podia te salvar de você mesmo
Mas descobri que o seu passado nunca foi o meu caminho
Hoje aprendi que o que eu amava era aquilo no que eu acreditava...

Nada!

By:Edilson

Nós, poetas


Nós, poetas

Nada como a dor
Para apertar o peito
Fazer sangrar o amor
E inspirar um poeta em seu leito

Enquanto a lágrima cai
O mundo gira, dá voltas, e gira
A noite adentro se vai
Você grita-Ódio e ira.

Lembra momentos
Pareceu tão longo, uma vida
Chora, chora-tormento
Oh Deus, até quando vou sofrer ainda?

Mas é na flor despedaçada
Que uma rima fica mais esbelta
Chorando na calçada
Os tolos, nós poetas.

By:Edilson

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O que faço aqui


O que faço aqui

Tudo gira
Sem sentido
Um misto de alegria e ira
Zumbindo em meu ouvido.

Olho em volta
Estou perdido
Faces tortas
Anjos e demônios fundidos.

Procuro uma saída
A multidão me empurra
Alguém pede ajuda
Outro grita-sussurra.

Sinto sua frialdade
Um calor na espinha dispara
Olho em seus olhos negros com saudade
Na minha morte a vida ficou clara.

by:Edilson

Lembranças de um adulto


Lembranças de um adulto


Quando criança via em tudo beleza
Era simples e leve
Pois meus olhos transpiravam pureza
Era sempre primavera e neve.


Tudo pedia e queria
Era agora,hoje,já
Mesmo tomando suco de maracujá
Podia passar as horas,mas nunca esquecia.


Fechei os olhos n'uma noite qualquer
O mundo mudou de repente
Veio o tempo do bem-me-quer mal-me-quer
E no peito algo quente.


Era belo a rebeldia
Cantar junto a melodia
Matar aula pra ficar
A época do sorrir e beijar.


Fechei os olhos outra vez
Ai veio como um choque
Não sobrou nada no estoque
Era a vez do talvez-Talvez...


Pediram muito mais
Era o tempo de ser assaz
Cresci sem saber como
Hoje recordo-me disso cheio espanto e assomo.

by:Edilson

sábado, 5 de novembro de 2011

Quando meu peito dói


Quando meu peito dói

Foi tão fundo
A dor que tu provocaras
Modificou todo meu mundo
Foi como um tapa na cara.

Luto pra ser forte
Levantar do chão e seguir em frente
Suturar meus cortes
Refazer os pedaços e ir adiante.

Sinto que estou prestes a desabar
Quero gritar bem alto
Fazer essa dor parar
Mas não concluo o ato.

Não há mais cor no rosto
Só resta uma alma morta
Um eu roto
Que mais nada importa.

by:Edilson

Mãos frias


Mãos frias

Senti o toque de mãos frias
Um cheiro doce
Lábio cálido voltas no meu pescoço fazia
E desejei que esse cheiro teu fosse.

Tua pele na minha
Colada á mim
Algo dentro de mim vinha
Tudo que sonhei, vivo, enfim.

Em teus braços
Como sempre desejei
Presos como num laço
Que em sonhos desenhei.

Sua boca linda
Cheia de voluptuosidade
Dos meus fortes desejos vinda
Mordeu-me com vontade.

By:Edilson

O vento no rosto


O vento no rosto

Ando calado
Sentindo o vento e as ondas do mar
Com o peito pesado
Vendo o ultimo vislumbre do luar.

No ar o cheiro da água salgada
O horizonte infinito
A noite indo parada
Sentindo o que sinto.

Pássaros voam
Num céu morno
Musicas das ondas soam
Cheias de mistério e adorno.

De repente algo rompe a madrugada
Vivo rubro e majestoso
E pelas ondas embaladas
Um beijo infinito e glorioso.

by:Edilson

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Tudo muda

Tudo muda
 
As folhas caem a cada outono 
O dia troca de roupa
A cada fim de ano 
Cheio de luminosidade e pompa.

Os caminhos se sepraram ao acaso
Laços se rompem facilmente do nada 
Entre tropeços e atrasos
Numa longa estrada.

Promessas ficam pra trás
Amores perdidos
O vento uma lembrança traz
Amigos esquecidos.

Não há mais aquele sorriso
Tão doce e amável
Veio tão sem aviso
Rápido,frio,mudável.

by:Edilson

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A flor da pele


A flor da pele

Você pode sentir
Meu corpo tremer
Quando tocas dentro de mim
E me faz gemer

Deitados na cama
Arfando, suados
Tua boca me chama
Com lábios ávidos.

Ah, teu arfa no meu ouvido
A umidade da sua língua em meu peito
Arranca-me um gemido
Nesse luar perfeito.

Um grito
Nossos corpos unidos
Dentro de mim sinto
O escorrer do teu líquido.

by:Edilson

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Fruto proibido


Fruto proibido

Queremos mais um pedaço da maça
O gosto do proibido
Ver a nudez num afã
E sentir o sabor da libido.

Bebemos no cálice dos condenados
A bebida sagrada
No ritual dos amaldiçoados
Corpos nus numa dança "respirada".

Adoramos a serpente
Nossa deusa, fria, pagã
Provando o veneno constante
Na boca de Satã.

Ah Eva, de tantos adoradores
Abriu nossos olhos com uma mordida
Deu-nos o prazer lacrado dos pecadores
Na fruta proibida.

by:Edilson

Ardendo


Ardendo


Ah, meu grito ecoa
Pelos confins da madrugada
Meu pulsar desritmado soa
O desejo da carne desesperada.

Quero morder tua boca
Sentir o calor da pele sua
Calar essa voz louca
Deixo que me possua.

Intenso, voraz
Uma mistura de dor e ternura
Meu corpo, nu, na cama jaz
Esperando-te com amor e luxuria.

Literalmente queimo
Entre suspiros latentes
Sob sua língua fremo
Com o gosto do pecado ardente.

by:Edilson

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Saudade

Saudade

Sinto falta daquele cheiro
Do timbre da voz
Sinto falta do riso costumeiro
E do humor atroz.

Ficou o sabor da melancolia
Um céu nublado
Reflexo da falsa alegria
Que ficava no rosto desenhado.

Vem uma lágrima do peito
Algo que prende, aperta
A lembrança daquele doce jeito
Uma cumplicidade incerta.

Choro tanto lembrando de ti
Porque sinto falta
Ah, dói fundo dentro de mim
E aos poucos-a saudade- mata.

by:Edilson

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cinzas


Cinzas

O silêncio em volta
De noites infindas
Ninguém bate à porta
E dá boas vindas.

Não há passos na casa
As luzes estão todas apagadas
Há uma música em pausa
E roupas no chão espalhadas.

Quadros tortos na parede
Duas taças quebradas
Um coração com sede
Em chamas cansadas.

No jardim as flores secaram
A sombra de uma magoa ressentida
Eternas lágrimas nos olhos choram
Desde a cruel despedida.

by:Edilson

Mesa vazia


Mesa vazia

Uma taça quebrada
A toalha suja, insípida
Uma cadeira fria, largada
Sombras da despedida.

As velas ainda queimam
Seu cheiro pela sala, na penumbra
Pairando no ar as palavras que ainda juram
Ditas numa noite rubra.

Momentos esquecidos
Uma palavra que ficou retida
A lembrança daquele jantar mal resolvido
Ao luar da lua linda.

Corpos separados
Os pensamentos compartilhados
Ainda apaixonados
Eternamente ligados.

by:Edilson

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Lacerações


Lacerações
  
Eu não estava forte
Ainda não havia cicatrizado
Tinha gotas de sangue no corte
E o peito molhado.

Tive que derrubar as barreiras
Passar pelas minhas defesas
Lança-me a fogueira
Que ainda estava acessa.

Foi quando me perdi
Teu cheiro voltou
O teu rosto de perto vi
E o toque da sua pele me queimou.

A ferida abriu outra vez
Há um buraco enorme
Dói o que fez
O simples pronunciar do seu nome.

by:Edilson

o jeito que você é

O jeito que você é


Amo esse sorriso teu
Essa doce simplicidade
Teus olhos negros como breu
Que me traz felicidade.

A tua doçura
Meu coração encantou
Teu jeito de sorrir com candura
Meu peito por ti se apaixonou.

Agora tão bobo fiquei
Pelas linhas sutis do seu semblante
És mais do que imaginei
Meu anjo cativante.

Amo cada gesto
Sua força e sua fé
De ti quero está sempre perto
Porque é maravilhoso o jeito que você é.

by:Edilson


Algo na noite

Algo na noite

Passeia lentamente
Uma forma perfeita no escuro
Parando na minha frente, de repente
Pele branca e duro.

Seu cheiro-um torpor
Perco o fôlego
Quando me lança seu olhar com ardor
Ao mesmo tempo voraz e meigo.

Seus lábios são vermelhos como carmim
Exalando um perfume provocante
Andando até a mim
Um desejo torturante.

Em seus braços
Domado
Preso em seu abraço de aço
Pela noite levado.

by:Edilson

A muito esquecido


A muito esquecido

Lembro que chorei
Ficou parado
Um sorriso se desfez
No teu rosto manchado.

Em mim está gravado
Coisas de escola
Nos perdidos e achados
Ou no compartilhar de uma cola.

No meio do caminho
Não tinha uma pedra no chão
Havia um monte de espinho
Que nos fez diz um palavrão.

Mas tudo muda
Lento como passos de tartaruga
Cada um com sua dor aguda
Por trás da própria ruga.

by:Edilson

Amor


Amor

amor
é dor
num palor
que pavor
sem cor
arde,fervor
amargo sabor
furor
orgão motor
bela flor
meu pudor
virou dor
estéril amor

by:Edilson

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A última lágrima que derramo por você


A última lágrima que derramo por você

Nuvens cinzentas no céu
Um dia triste e silencioso.

Eu tenho que suportar esse dia
E assisti-lo ir embora
Levando todos os meus pensamentos
Meus pecados e todos os meus medos.
E esquecer a dor que corre nas minhas próprias veias.

Você nunca me amou
E eu não quero me arrastar por seu vazio amor nunca mais
Vou mudar meu caminho e não vou me perder
Chorar por você - Hoje não!

Sempre fico exposto ao sol, atormentado
E suas palavras me põem pra baixo
É uma culpa pesada para eu carregar sozinho.

Estou me libertando do seu egoísmo
Você é tudo nesse seu mundinho
Que aos poucos está desmoronando sobre sua cabeça...

Mas você sabe que eu nunca desejaria seu mal.
Eu estou no meu caminho!

Sim, suas mentiras chegaram a mim ferir
Mas agora amadureci.
Encontrei minhas respostas
E não ligo se você voltar por aquela porta
Eu sei onde é a saída.

E você não vai me fazer sangrar outra vez...

By:Edilson