quinta-feira, 19 de maio de 2011

Morrer

Morrer  



A dor que me afuda o peito 
É maior que o corpo que o carrega
Há um vulto parado a meu leito
Velando minha morte certa


Queimo de dentro pra fora
Meu suor borbulha na minha pele quente
Alucinações ganham corpo e forma
Minha garganta solta um grito torturante.


Vejo um anjo negro a meus pés de joelhos
Minhas mãos tentam desesperadamente tocá-lo
Sinto seu toque arrefece-me como gelo
Ele levanta e me pega nos braços.


Ouço o farfalhar do seu manto
Ao seu lado não sinto medo
Flutuamos na noite pelo vento brando
Morrer é atravessar o espelho.


By:Edilson

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