domingo, 31 de março de 2013

Sinto-me só


Sinto-me só


Quando fecho meus olhos é você que vejo
E a saudade machuca mais e mais
Rendi-me a ti e fiquei de joelhos
Escolhi esse amor sem olhar pra trás.

Mas era um amor vazio
Imaturo dito da boca pra fora
Palavras que não aqueciam no frio
Um sentimento adolescente que foi embora...

Apenas eu sai ferido nessa historia
O tolo que abriu o peito
Aquele que já tinha dor gravada na memória
E tudo foi dito e feito.

Mais uma vez sozinho e perdido
Sangrando por promessas quebradas
Sob um céu sem estrelas luzindo
Por acreditar no seu amor de palavras.

Pedro Silva

Meu céu


Meu céu

Teus olhos são enormes estrelas
Dois guizos que me fazem bem
Olho pro alto pra senti-las
Pois quero tocar (-te) também.

Deixa-me mostrar o quanto te sinto em mim
Cada pensamento que pelo vento vai
São meus sussurros pra ter você aqui
E te entregar todo amor que no meu peito jaz.

Teu sorriso é meu sol pela manhã
A voz que me acorda tão suave
O mais meigo e singelo afã
Como um beijo assim dado de leve.

Meu anjo não sabes o quanto te quero
O teu nome adoça minha vida como mel
Vê-te o mais breve espero
Você se tornou o meu céu...

Pedro silva

domingo, 24 de março de 2013

Não te ver


Não te ver

Grito feito um louco teu nome
E sonho com as linhas do seu rosto
Mas do nada acordo e tudo some
Estou sentado na cama como um tolo.

Machuca essa vontade de você
É tão intenso que esqueço de respirar
Tu és a parte que completa meu ser
O amor que tanto procurei para amar.

Às vezes quero largar tudo
Sair correndo a ti procurar sem destino
Não me importo de olhar cada canto do mundo
Vou compor canções, poemas e hinos.

É difícil controlar meu anseio
Esse desejo louco de ti ter
Você é o inteiro do meu meio
Sou incompleto se não te ver...

Pedro silva

O mesmo caminho


O mesmo caminho

Meus pés conhecem essa estrada
Há partes de noites inacabadas aqui
Lágrimas caídas na terra já molhada
Onde vi estrelas tristes cair.

Havia folhas no chão
Tão secas que sangravam nas bordas
Lembro do vento frio e sua cruel canção
E das sombras tão perto dançando em roda.

Pergunto-me se foi real
Ou será vislumbre de vidas passadas
Acho difícil, pois ainda sinto o gosto do fel
Nas gotas da chuva que bebi na calçada.

Tenho medo não minto
Sei que os passos são outros, mas sempre há espinhos
Embora seja mais forte o que no peito sinto
Posso acabar no mesmo caminho...

...Eu, eu mesmo, triste e sozinho!

Pedro Silva

quinta-feira, 7 de março de 2013

Quero tocar o horizonte

Quero tocar o horizonte
 

Às vezes sinto vontade de fugir
Sair andando de olhos fechados e sem rumo
Sentindo a brisa no rosto me despir
E eu tal quão uma sombra na noite escura sumo.

Sem pensar em voltar pra casa
Imaginar que sou livre e leve
De repente subir num bater de asas
Ilusão de liberdade que para muitos serve.

Quando já não dá mais pra respirar sem doer
Queria poder me lançar ao mar
Ser a maré que embala e faz chover
Para congelar lá no vasto céu o brilho do luar.

Mas tenho medo de encontrar o fim
Lágrimas geladas no topo do monte
Levanto vôo e meu coração sussurra um sim
Estou caindo para tocar o horizonte...

Pedro silva

Restos de Saudade


Resto de Saudade

Sozinho aqui comigo mesmo
Vendo lembranças dançando sobre a mesa
Cada parte se quebrando e se quebrando e se tornando inteiro
Vejo meu rosto arder na vela acessa.

Lágrimas rolam do peito
Não sei se é saudade, mas sufoca
E dói mais cada vez que me deito
Algo selvagem e dócio se choca...

Um turbilhão de pensamentos ganha forma
E se tem corpo sente dor e chora
Já não consigo entender a razão ou a norma
Pois machuca às vezes e a toda hora.                   

Levanto e vou recolhendo o que posso
Deixo momentos perdidos nas cinzas
Mas a dor já grudou nos ossos
No quarto uma voz fria dá boas vindas!

Pedro Silva