quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Meu grito de desespero
Meu grito de desespero
Quero embebedar minha alma
Deixá-la torpe de sentidos
Vesti-me de fina calma
A tanto tempo venho fingindo.
Estou preso nas minhas entranhas
Comprimido pelas coisas que sinto
Uma dor que sempre me acompanha
Acho que passei a acreditar nas emoções que minto.
Perdido no paraíso
Há dentro de mim tantos gritos
Eu nunca fui conciso
Em tudo que já foi dito.
Tire de mim essa coisa sem nome
Abram meu peito sem demora
Dou-te meu coração e sua fome
Que aos poucos me devora...
Ele não vai embora!
Pedro Silva
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