quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Estátua


Estátua

Levo no peito
A dor que disfarço
Minha lágrima, meu leito
Meu mais puro, inútil traço.

Feito de barro
Molhe, desperto
Abrigando um corpo num jarro
Preso e inepto.

Carrego o nada
Uma perfeita escultura
A sombra do crepúsculo parada
Fria, de olhar gasto e pele escura.

Desfigurado pela chuva
Lavado por lágrimas imundas
Protegido apenas por uma luva
Longas gotas de ácido que ferem fundas.

by:Edilson

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