No clamor de um silêncio
Almas perdidas gritam em vão
Por um perdão sem vida
Ao vento seus clamores vão
Na noite eterna e adormecida.
A lua sangrenta velando
Gotas de tormento caem
Eterna sombra de sofrimento queimando
Leva embora delas a coragem.
Mais um clamor é ouvido
Outra alma sem destino
Jogada na escuridão sem sentido
Da garganta o mesmo hino.
É fria cada cova
Uma casa de vilipêndio
Só sabe quem da dor prova
No clamor de um silêncio.